A cidade de São Carlos, interior de São Paulo, foi escolhida na manhã deste sábado para ser a sede do Campeonato Mundial de Balonismo que será disputado em 2014. O País, com tradição de mais de 30 anos no esporte, chegou à final da escolha contra a Lituânia, representada pela cidade de Birstonas, mas levou vantagem ao vencer por 22 votos a 15.
A vitória não foi nada fácil e durante um ano 50 delegados de mais de 40 países analisaram as cidades que pleiteavam a competição. Para representar o Brasil na Lituânia, local onde a cerimônia de decisão do país-sede foi realizada, estavam Ricardo Morales, diretor de Esportes da prefeitura de São Carlos, além de representantes da Comissão de Aerodesporto Brasileiro, Leonel Brites e Edson Romagnolli, entre outros.
Esquerda para direita: Ricardo Silva (SSTUDIO) & Egle, Emiliano Saran ( São Carlos), Edson Romagnolli & Marluce & Leonel Brites (CBB), Louise Sottomaior, Marina Kalouskian (CBB) e Ricardo Moralles ( São Carlos ).
“Tivemos essa vitória depois de 30 anos de muita luta e dedicação. Foi uma disputa muito difícil por se tratar de um país sul-americano disputando para ser o país-sede da competição mais importante do balonismo”, afirmou Warley Macedo, atual campeão nacional de balonismo, em contato com o Terra. O Campeonato Mundial acontece a cada dois anos e o Brasil é o primeiro país sul-americano a receber a competição.
A classificação para o Mundial se dá em relação aos rankings nacionais. No Brasil, por exemplo, os três primeiros colocados dessa lista depois de dois anos estão garantidos na competição.
Dentro de um torneio, o balonista precisa demonstrar precisão em suas manobras. Os diretores técnicos dos campeonatos traçam tarefas, definindo alvos, como campos de futebol, encruzilhadas e praças, e o balonista precisa ser preciso e acertar esses alvos. As competições normalmente são disputadas em cidades do interior, que têm aproximadamente 100 alvos detectados.
O Campeonato Brasileiro de Balonismo, o mais importante do País, reúne cerca de 30 competidores e está em sua 24ª edição. “Temos o campeão sul-americano que é brasileiro, uma campeã europeia, que também é brasileira e somos bastante conhecidos no mundo em uma categoria do balonismo que chama especial ‘shape’, com balões que possuem formas diferents, como naves espaciais, animais, etc. Uma categoria que envolve beleza e não manobras”, afirmou Macedo, explicando a tradição brasileira no esporte.
Existem cerca de 50 balonistas profissionais no Brasil e 100 pilotos de balão, que estão uma categoria abaixo dos primeiros. Segundo Macedo, instrutor da Escola Brasileira de Balonismo, 90% desses profissionais estão na cidade de São Paulo.
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