O Brasil caminha a passos largos no desenvolvimento dos esportes, alavancado pelos negócios e benefícios sociais que proporciona. Essa é a síntese do 1º Fórum Nacional Sports Business realizado esta semana no Hotel Maksoud Plaza,onde empresários e esportistas debateram em 11 painéis, que reuniram aproximadamente 30 palestrantes, as propostas que unem os dois segmentos: esportes e negócios.


Ações inovadoras estão sendo implantadas em todo o país, como explicou Sérgio Schildt, presidente da RECOMA, como as piscinas populares semiolímpicas (25m x 20m) que sua empresa constrói, em módulos de fibra de vidro e entrega funcionando em uma semana, com tubulações, filtros e demais acessórios. “Muitas pessoas morrem por ano por não saberem nadar e hoje é praticamente impossível aprender, porque a balneabilidade das cidades está ruim, com rios e praias poluídas. Essas piscinas tem baixo custo, geram empregos e garantem lazer e saúde para a população. A política é oferecer a prática do esporte não só a atletas de alto rendimento, mas que também podem surgir nesses espaços”, diz Shildt.

Raquel Viel, atleta paralímpica, patrocinada pela RECOMA, foi apresentada pela empresa como um exemplo de superação. Ela explicou como venceu há um ano um câncer de mama, os efeitos da quimioterapia, e com apenas 10% de visão desde o nascimento conquistou a medalha de bronze no Paralímpico Mundial no México, no dia 2 de dezembro último. “Tudo começou a mudar na minha vida por causa do esporte. Minha mãe me colocou para nadar aos 9 anos, para superar as barreiras físicas, e isso sempre me deu muita força. Depois do Paralímpico no Rio 2016, fui diagnosticada com a doença e passei por momentos difíceis no tratamento e suas sequelas, mas sempre acreditei que daria certo. Nesse tempo minha mãe morreu de câncer. Ganhar a medalha de bronze no México para mim foi medalha de ouro, pela nova oportunidade de viver”, disse a atleta, de 34 anos. Os componentes do painel onde ela participava e toda a platéia ficaram em pé batendo palmas por cerca de três minutos.

As estruturas móveis – Fast Field -, em grama sintética, desenvolvidas pela Soccer Grass, são hoje uma solução moderna e rápida, quando se fala em quadra multiuso móvel, explicou Alessandro Oliveira, presidente da empresa.

Outra iniciativa da empresa é o basquete 3×3, agora esporte olímpico, que está em grande desenvolvimento no país por ser um esporte rápido, dinâmico e muito competitivo, com três jogadores por equipe, que jogam em meia quadra em direção a uma única tabela pela equipe que tem a posse de bola. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial e o atleta Luiz Felipe Soriani, nº 1 do ranking brasileiro e 64º do mundo, diz que o esporte vai crescer muito com o Circuito Brasileiro de 2018.

Empresas diversas apresentaram seus projetos atuais, como o representante do SESI, Luiz Cláudio Marques, que falou do trabalho desenvolvido pela instituição nas suas 54 unidades: “Temos 160 escolas, 151 quadras, 47 piscinas, 53 ginásios, realizamos os Jogos Abertos do SESI e, no total, o SESI atende 350 mil usuários. Em todas as nossas atividades o fundamento é a pedagogia do exemplo”, disse ao relatar os diversos programas desenvolvidos pela instituição.


Financiamento, emendas parlamentares e Leis de Incentivo foram temas que abordaram como obter recursos para investimentos em construções esportivas.
Todas as propostas do Sports Business foram baseadas no conceito moderno de cidades inteligentes, orientadas por uma moderna metodologia chamada de “espaço esportivo inteligente”.
A realização do evento foi da ABRAPEFE – Associação Brasileira dos Profissionais de Educação Física e Esporte e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, em parceria com inúmeras entidades, contando com o apoio de empresas do setor, como RECOMA, Soccer Grass, CREF4/SP e SStudio Marketing.
